A solenidade dos tribunais, a complexidade das leis e a erudição dos debates jurídicos, por si só, não garantem a efetivação da justiça. No Brasil, uma sombra paira sobre o sistema judiciário, corroendo a confiança da população e perpetuando a sensação de impunidade: a morosidade.
Se na teoria a justiça deveria ser cega e célere, na prática, a engrenagem judicial brasileira muitas vezes se move a passos lentos, emperrada por um volume colossal de processos, pela burocracia excessiva e, em alguns casos, pela falta de estrutura e recursos adequados. Essa lentidão não é apenas um inconveniente; ela tem consequências profundas e nefastas para a sociedade.
A vítima que espera anos por uma reparação, o acusado que vive sob o peso da incerteza por tempo indeterminado, a empresa que aguarda a resolução de um litígio para poder planejar o futuro – todos são afetados pela morosidade que sufoca a equidade. A demora na conclusão dos processos contribui para a descrença na capacidade do Estado de garantir direitos e punir transgressões. A sensação de que “a justiça tarda, mas não falha” muitas vezes se transforma na amarga constatação de que a justiça que tarda, para muitos, simplesmente não chega.
Essa lentidão também tem um impacto direto na credibilidade das instituições. Um sistema judicial que não consegue dar respostas em tempo razoável perde a confiança da sociedade, alimentando a percepção de que a lei não é igual para todos e que a impunidade prevalece, especialmente em casos envolvendo poderosos.
Neste primeiro mergulho na seção “Justiça”, o Canal Império 360 convida à reflexão sobre as causas e as consequências dessa morosidade endêmica. Quais são os gargalos que impedem o fluxo eficiente da justiça? Quais medidas podem ser implementadas para agilizar os processos sem comprometer a qualidade das decisões? E, acima de tudo, como podemos construir um sistema judicial que realmente sirva à sociedade, garantindo que a justiça não seja apenas um ideal distante, mas uma realidade palpável para todos os brasileiros?
Acompanhe nossos próximos artigos e debates na seção “Justiça”, onde continuaremos a dissecar os desafios e a buscar caminhos para uma justiça mais eficiente e equitativa no Brasil. A luta por uma justiça que não se perca no labirinto do tempo é uma responsabilidade de todos.
