A revelação feita nesta quarta-feira pela Polícia Federal, ao deflagrar a sétima fase da Operação Sisamnes, é mais do que um escândalo policial: é um alerta sombrio sobre o avanço das forças paralelas no interior do Estado brasileiro. Segundo reportagem da TVT News, a operação identificou um grupo formado por militares que operava uma empresa clandestina dedicada à prática de espionagem ilegal e homicídios sob encomenda.
Os alvos? Nada menos que autoridades da República, entre elas ministros do STF e parlamentares. Foram encontrados documentos com valores tabelados para esses assassinatos, revelando um mercado clandestino do terror político. O grau de sofisticação e frieza com que esse grupo atuava revela a existência de uma organização que não apenas rompeu com o juramento militar de defesa da pátria, mas que transformou a guerra política em arma literal.
Essa não é apenas mais uma operação da PF. É a materialização de uma ameaça direta ao Estado Democrático de Direito. Um grupo que se organiza dentro das Forças Armadas ou do entorno militar para espionar, coagir e, em último caso, eliminar fisicamente seus oponentes, rompe com todos os princípios de civilidade. E expõe, mais uma vez, a fragilidade das nossas instituições em conter a contaminação autoritária no seio das corporações armadas.
A pergunta que se impõe é: quantos mais estão infiltrados? Se um esquema com esse nível de sofisticação já está na sétima fase de investigação, quantos outros ainda operam nas sombras? Até quando setores reacionários que não aceitam o resultado das urnas continuarão agindo como se o Brasil fosse um laboratório de guerra híbrida?
Não basta prender alguns operadores. É preciso desmantelar toda a rede de financiamento, comando e proteção institucional que permitiu que isso acontecesse. E mais: os responsáveis políticos, militares e civis que fizeram vista grossa ou incentivaram a criação dessa máquina de matar precisam ser identificados.
A democracia brasileira sangra cada vez que um dos seus pilares é alvejado — ainda que por ameaças invisíveis. A impunidade, nesse caso, seria a última pá de cal.
🔗 Fonte das informações factuais: TVT News – Jornal Primeira Edição (28/05/2025)
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